Radioterapia do SUS em Itabira deve começar a funcionar em setembro

A cidade de Itabira está prestes a dar um importante passo no cuidado oncológico regional. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o serviço de radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) deve iniciar os atendimentos em setembro deste ano no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD). O anúncio reforça o objetivo de tornar o município referência no tratamento do câncer para dezenas de cidades vizinhas.

Mais um avanço para o tratamento oncológico

Atualmente, pacientes que precisam de radioterapia são obrigados a se deslocar para Belo Horizonte, enfrentando longas viagens, gastos e muitas vezes até desistindo do tratamento. A expectativa é que, com a nova estrutura, boa parte dessa demanda seja absorvida em Itabira, oferecendo mais comodidade e chances reais de continuidade dos protocolos médicos.

Itabira já dispõe de uma unidade de alta complexidade em oncologia (Unacon), onde são realizados diagnósticos, cirurgias e quimioterapia. A inclusão da radioterapia completa a linha de cuidados e amplia a capacidade de atendimento para moradores da cidade e de outros 26 municípios que integram a região de saúde.

Estrutura e capacidade

As obras do Centro de Radioterapia começaram em 2022 e envolveram cerca de 20 milhões de reais em investimentos, incluindo a construção do bunker e a aquisição do acelerador linear, equipamento essencial para o tratamento. A previsão inicial é que o centro tenha capacidade para atender cerca de 50 pacientes por dia, o que representa aproximadamente 60% da demanda estimada para a região.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o projeto arquitetônico passou por todas as aprovações técnicas exigidas, incluindo as análises da Vigilância Sanitária e da Comissão Nacional de Energia Nuclear, restando agora os últimos trâmites para habilitação junto ao Ministério da Saúde.

Desafios e oportunidades

Embora a estrutura física esteja pronta e o equipamento já tenha sido instalado, o funcionamento efetivo depende da conclusão de processos burocráticos e do treinamento das equipes. O município aposta na força do projeto para consolidar Itabira como polo de referência em oncologia, o que poderá atrair novos profissionais, serviços complementares e até investimentos no setor de saúde.

Além do impacto direto para os pacientes, o funcionamento da radioterapia também pode movimentar a economia local, com maior demanda por hospedagem, alimentação e transporte, principalmente de pessoas vindas de cidades vizinhas.

Perspectiva para o futuro

Com o início previsto para setembro, Itabira passará a oferecer o tratamento oncológico completo pelo SUS, diminuindo filas e deslocamentos para a capital. O novo centro representa não apenas um avanço para a saúde, mas também um passo importante para a autonomia regional na oferta de serviços de alta complexidade, beneficiando milhares de pessoas que enfrentam a luta contra o câncer.