Após quatro dias de buscas, Juliana Marins é encontrada sem vida em trilha na Indonésia

Itabirito (MG), 24 de junho de 2025 – A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatada sem vida na manhã desta terça-feira (24) após ter caído em uma encosta do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. A fatalidade foi confirmada por familiares, que acompanharam com angústia toda a operação de salvamento.

O acidente

Juliana estava fazendo uma trilha guiada no Monte Rinjani quando, na madrugada de sábado (21), escorregou e despencou cerca de 300 metros por um local extremamente íngreme, próximo ao trecho conhecido como Cemara Nunggal, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude. Após a queda, ficou sem acesso a suprimentos, sem água, comida ou abrigo.

A operação de resgate

Desde a noite da sexta-feira (21), equipes de resgate enfrentaram clima adverso, neblina densa e terreno instável. Seis equipes, equipadas com drones térmicos, furadeira industrial e apoio de dois helicópteros, trabalharam sem descanso para alcançar o local da queda. O Parque Nacional Rinjani chegou a fechar o acesso às trilhas para agilizar a operação.

Na segunda-feira (23), equipes localizaram Juliana com vida e estável, recebendo comida, água e agasalhos — embora ainda presa em local de acesso difícil. O resgate tinha previsão de ser concluído na manhã de domingo (22), mas foi adiado diversas vezes devido ao mau tempo.

Desfecho trágico

Após quatro dias de buscas, na manhã desta terça-feira (24), as equipes conseguiram alcançar o corpo de Juliana e resgatá-lo do local. Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte — se por ferimentos, hipotermia ou exaustão —, mas a confirmação da morte foi feita por familiares.

Contexto do Monte Rinjani

Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo pico mais alto da Indonésia e faz parte do “Anel de Fogo” do Pacífico. Reconhecido pela Unesco como Geoparque Global desde 2018, é um destino popular entre turistas aventureiros. Porém, as trilhas apresentam trechos complicados e perigosos, especialmente em condições de clima incerto — como ocorreu neste caso.

Quem era Juliana Marins

Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Comunicação pela UFRJ e trabalhava em agência de publicidade. Apaixonada por viagens, praticante de pole dance e corredora de longa distância, ela estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, passando por Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia.

Repercussão

A morte de Juliana causou grande comoção nas redes sociais. A irmã, Mariana Marins, acompanhou todo o resgate à distância e compartilhou pedidos de apoio desde o início da tragédia. A Embaixada do Brasil em Jacarta forneceu suporte à família e manteve contato com as autoridades locais.

Juliana Marins deixa um legado de coragem, disposição e amor à aventura. Nossa equipe se solidariza com os amigos e familiares neste momento de luto e reafirma o compromisso de cobrir os desdobramentos dessa tragédia com rigor e respeito.