Reajuste médio de 3,83% fica abaixo da inflação e representa alívio para consumidores em 2025
📅 Por Gabriela Albino | Publicado em 31/03/2025
O reajuste médio permitido para os preços de medicamentos em 2025 será de 3,83%, o menor índice desde 2018. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (31), foi aprovada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e ficou abaixo da inflação acumulada no período, que foi de 5,06%.
Apesar da autorização, o aumento não é automático. Cabe a cada fabricante ou distribuidor definir sua estratégia de preços dentro dos limites estabelecidos. O teto visa impedir aumentos abusivos e manter o equilíbrio entre o acesso da população aos medicamentos e a sustentabilidade do setor farmacêutico.
Três faixas de reajuste
A Resolução CMED 1/2025 estabelece três níveis máximos de reajuste, conforme o grau de concorrência entre os produtos no mercado:
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Nível 1 (Alta concorrência): até 5,06%
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Nível 2 (Média concorrência): até 3,83%
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Nível 3 (Baixa ou nenhuma concorrência): até 2,60%
A média ponderada entre os níveis resulta no índice de 3,83%, o menor dos últimos oito anos.
O que muda para o consumidor?
Na prática, a definição do reajuste limita o preço máximo que pode ser cobrado por um medicamento — valor que consta na lista oficial disponível no site da Anvisa. No entanto, é comum que farmácias ofereçam descontos, especialmente em medicamentos do nível 1, que representam cerca de 40% das apresentações disponíveis no mercado.
Em 2024, por exemplo, os laboratórios ofereceram uma média de quase 60% de desconto sobre o preço de fábrica em medicamentos com maior concorrência. Ainda assim, o repasse desse desconto ao consumidor final depende da política de cada farmácia.
A legislação atual — Lei nº 10.742/2003 — determina que o reajuste leve em conta a inflação, a concorrência e os custos de produção, garantindo que o mercado farmacêutico se mantenha estável, ao mesmo tempo em que protege o poder de compra da população.
